Inclusão Social


Gabi Massinha

Ela é o coração da cantina sobre rodas mais gostosa da cidade. Conheça a garota que venceu a deficiência e sonha se tornar a nova chef do pedaço
No dia 5 de maio recebemos um e-mail com o seguinte texto. “Olá. Gostaria de sugerir que vocês fizessem uma matéria sobre pessoas especiais. Eu acho que seria muito interessante. Sou uma pessoa especial. Tenho 24 anos e uma síndrome raríssima. Eu trabalho faz dois anos e oito meses. Na matéria poderia (sic) colocar que as pessoas especiais também podem trabalhar. Eu já vi uma garota com síndrome de Down trabalhando.” A mensagem nos chamou a atenção. Na resposta solicitamos os contatos da remetente para uma futura entrevista. Qual não foi a nossa grata surpresa quando descobrimos quem era a autora do texto! Tratava-se de uma figura bem conhecida e querida da região. Falamos de Gabriela Federici, a Gabi, a simpática e eficiente assistente da Kombi do Rolando Massinha, a mais famosa cantina italiana sobre rodas da cidade. Ali o chef Rolando, com o auxílio da solícita Gabi, serve massas de comer de joelhos na esquina da rua Caiubi com a av. Sumaré, em Perdizes.
Gabi sofre de uma doença rara, a síndrome de Rubinstein-Taybi, um distúrbio associado a uma anomalia no cromossomo 16. Além de algumas deformidades físicas, o mal compromete o funcionamento do sistema cognitivo, provocando dificuldades de aprendizagem, concentração e raciocínio. A que mais aflige Gabi é a inabilidade para fazer contas, que se manifesta com mais intensidade no momento de dar troco para os clientes. Este foi um dos motivos que a fizeram reunir coragem para revelar sua condição. “Muitos clientes não sabem que eu sou especial. Às vezes, quando tem muito movimento, eu me confundo na hora de dar troco. Alguns ficam irritados. Eu sei das minhas dificuldades. Mas tenho imensa vontade de superá-las”, diz.
Quem a vê montando pratos, preparando embalagens para viagem e cuidando do asseio da cuccina itinerante não tem a mínima dúvida disso. Seu patrão Rolando é um de seus maiores admiradores. “Ela é o motorzinho da Kombi. É uma pessoa especial para mim e para os nossos clientes. É a minha Gabi Massinha.” Parece não haver limites para essa garota de 24 anos, filha de um garçom com uma recepcionista, tenista nas horas vagas e leitora fiel dos livros da escritora inglesa Sophie Kinsella, autora dos best sellers Os Delírios de Consumo de Becky Bloom e Mini Shopaholic. Seu próximo passo é ambicioso. Gabi quer cursar uma faculdade de gastronomia. Ao que tudo indica, a Kombi mais gostosa do pedaço vai ganhar uma nova chef. E que chef.
Chico Silva


Foto: Gabi Massinha

Ela é o coração da cantina sobre rodas mais gostosa da cidade. Conheça a garota que venceu a deficiência e sonha se tornar a nova chef do pedaço
No dia 5 de maio recebemos um e-mail com o seguinte texto. “Olá. Gostaria de sugerir que vocês fizessem uma matéria sobre pessoas especiais. Eu acho que seria muito interessante. Sou uma pessoa especial. Tenho 24 anos e uma síndrome raríssima. Eu trabalho faz dois anos e oito meses. Na matéria poderia (sic) colocar que as pessoas especiais também podem trabalhar. Eu já vi uma garota com síndrome de Down trabalhando.” A mensagem nos chamou a atenção. Na resposta solicitamos os contatos da remetente para uma futura entrevista. Qual não foi a nossa grata surpresa quando descobrimos quem era a autora do texto! Tratava-se de uma figura bem conhecida e querida da região. Falamos de Gabriela Federici, a Gabi, a simpática e eficiente assistente da Kombi do Rolando Massinha, a mais famosa cantina italiana sobre rodas da cidade. Ali o chef Rolando, com o auxílio da solícita Gabi, serve massas de comer de joelhos na esquina da rua Caiubi com a av. Sumaré, em Perdizes.
Gabi sofre de uma doença rara, a síndrome de Rubinstein-Taybi, um distúrbio associado a uma anomalia no cromossomo 16. Além de algumas deformidades físicas, o mal compromete o funcionamento do sistema cognitivo, provocando dificuldades de aprendizagem, concentração e raciocínio. A que mais aflige Gabi é a inabilidade para fazer contas, que se manifesta com mais intensidade no momento de dar troco para os clientes. Este foi um dos motivos que a fizeram reunir coragem para revelar sua condição. “Muitos clientes não sabem que eu sou especial. Às vezes, quando tem muito movimento, eu me confundo na hora de dar troco. Alguns ficam irritados. Eu sei das minhas dificuldades. Mas tenho imensa vontade de superá-las”, diz.
Quem a vê montando pratos, preparando embalagens para viagem e cuidando do asseio da cuccina itinerante não tem a mínima dúvida disso. Seu patrão Rolando é um de seus maiores admiradores. “Ela é o motorzinho da Kombi. É uma pessoa especial para mim e para os nossos clientes. É a minha Gabi Massinha.” Parece não haver limites para essa garota de 24 anos, filha de um garçom com uma recepcionista, tenista nas horas vagas e leitora fiel dos livros da escritora inglesa Sophie Kinsella, autora dos best sellers Os Delírios de Consumo de Becky Bloom e Mini Shopaholic. Seu próximo passo é ambicioso. Gabi quer cursar uma faculdade de gastronomia. Ao que tudo indica, a Kombi mais gostosa do pedaço vai ganhar uma nova chef. E que chef.
Chico Silva

Síndrome de Rubinstein-Taybi : estudo de um caso em uma escola regular de ensino de Coronel Fabriciano-MG

A Síndrome em estudo: Rubinstein-Taybi é rara, mas as características do desenvolvimento de crianças com essa Síndrome são semelhantes às das crianças com a Síndrome de Down, apresentando atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. O presente trabalho teve como objetivo estudar o processo de inclusão de uma aluna com Síndrome de Rubinstein-Taybi em sala de aula, em uma escola, na cidade de Coronel Fabriciano-MG e ainda, analisar a contribuição da Terapia Ocupacional para o processo ensino aprendizagem desta criança. A elaboração deste trabalho teve como subsídio a perspectiva teórica sociocultural construtivista do desenvolvimento humano, que parte do ponto de vista sociogenético. Esta teoria defende a idéia de que o desenvolvimento humano ocorre por meio da interação dialética entre processos de canalização cultural e de constituição do indivíduo, enquanto sujeito ativo e co-participante do seu próprio desenvolvimento. A Fundamentação Teórica do trabalho foi baseada em autores como Dias de Sá, Salgado e Valadares, Vygotsky, Reily, entre outros. A pesquisa proposta, portanto, apresentou um caráter qualitativo, onde o instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário, respondido pela Professora, Terapeuta Ocupacional e relato da mãe da Aluna. A pesquisa possibilitou a comprovação de que é possível a inclusão de um aluno com Síndrome dentro da escola regular a partir da aceitação do outro com suas diferenças, respeitando suas potencialidades e suas limitações. A afetividade é fator fundamental dentro da proposta inclusiva. A professora que participou da pesquisa demonstrou isto claramente quando falou de amor, amizade, confiança em relação à criança em estudo. A proposta de inclusão é um longo caminho a ser percorrido por todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, é preciso muito envolvimento de todos, vontade, determinação, motivação para que a lei seja cumprida de maneira concreta e eficaz.

Monografia (especialização)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2011. Curso de Especialização a Distância em Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar.

Educação e Pessoas com Necessidades especiais:
A arte como instrumento de inclusão social pode e deve ser vista como fator de complemento nas diversas formas de desenvolver aprendizagens ligadas a diferentes áreas do conhecimento. Essa questão é abordada claramente pela interdisciplinaridade, ou seja, o diálogo entre uma ou mais disciplinas com o intuito de solidificar a aprendizagem através de oportunidades e de diferentes maneiras de entender e contextualizar os conteúdos escolares. Nesse sentido, pretende-se aqui tentar elevar a manifestação artística dos educandos para bem aprimorar seus conceitos quanto às faces da aprendizagem.

Antes de se adentrar aos estudos e benefícios da arte para educação de pessoas com necessidades especiais, é de grande importância conhecer e interpretar a legislação no que tange este assunto, muitas vezes tão distante da realidade e tão carente de atenção e aplicabilidades.

A educação especial deve, de acordo com a LDB, nº 9.394/96, art. 58, da educação nacional, ser entendida como “modalidade da educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” e, com intuito de complementar o que já foi promovido na Lei, vê-se instituído as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, a promoção de uma “proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica”.

Consonante, desenvolver potencialidades em alunos com necessidades especiais requer, além de esforço e talento por parte do educador, compromisso político e ético, para bem educar é preciso compreender as necessidades específicas de cada aluno, e quando se trata de alunos especiais, é necessário que o educador se supere, buscando meios e mecanismos que atenda o perfil de cada necessidade.

Para o cientista das inteligências múltiplas, Haward Gardner, “a educação precisa justificar-se realçando o entendimento humano”, para o autor, a escola não pode sufocar as aptidões dos alunos, pelo contrário, ela precisa canalizar as potencialidades de cada um e adequá-las ao processo de ensino, “todos os indivíduos tem potencial para ser criativos, mas só serão se quiserem”, e aqui entra o papel da Arte na Educação Inclusiva, propiciar um ambiente multiplicador de aprendizagens, aguçando a vontade de aprender através daquilo que gera prazer.

A música, a pintura, a dança, a poesia, o artesanato, a culinária; inúmeras extensões da arte podem contribuir para aquisição de aprendizagens ligadas às normas de conteúdo, bem como elevar os conhecimentos acerca de cultura, valores e especificidades da vida cotidiana.

A amplitude do ensino de artes na educação de pessoas com necessidades especiais, no sentido de ver, fazer e contextualizar pode referenciar-se por ser uma linguagem universal, não precisa ser traduzida. Basta sua aplicação no sentido de evoluir o homem que deseja espaço na sociedade para poder contribuir com seu talento e com seu potencial.
Por Giuliano Freitas
Graduado em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

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